numa casa
numa porta fechada
numa luz que se apagou.
Não!…
… Por fora da casa
havia um corredor
e na porta
uma dor que gravei.
Abri essa porta
e saí
mas uns passos perseguiram-me
e uma voz
disse que me amava!
Não dei resposta
àquela resposta
que num tom tão meigo e suave
fez ferver todo o sangue do meu corpo.
Aquela imagem
ali ficou parada
e aqueles olhos
fixaram uns olhos que choravam
e uma lágrima
que se despenhou num adeus!
Deolinda de Almeida
1973
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