Perante a minha solidão
estazio-me num vácuo sombreado.
O porquê do existir das coisas e a razão do meu sêr
nada tem de comum com outrém
ou com qualquer outro objecto.
Viver
é como uma nuvem
que se dissipa na atmosfera.
Arde-me o medo que se incendeia
neste Espírito sem vida.
Porquê?…
… Mil vezes pronuncio porquê
mas sem qualquer resposta.
Por fim, a minha voz emerge
em céus pálidos.
Entre sete mundos
sobrevivo!
Deolinda de Almeida
1973
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